Aumento na demanda está relacionada ao grande número de pacientes com sintomas respiratórios. Não há mais vagas na rede pública
O grande número de pacientes com sintomas respiratórios dos últimos dias já provocou grande pressão sobre a ocupação de leitos de enfermaria na rede pública. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta segunda-feira (3), 107,3% das 220 vagas reservadas para pacientes com suspeita de Covid na rede pública estão ocupadas. Ou seja, o atendimento já supera a capacidade.
Nem todos os pacientes atendidos forma infectados pelo coronavírus. O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, afirmou em coletiva realizada na semana passada que muitos deles estão com Influenza ou outros patógenos, mas a confirmação via exame RT-PCR não acontece prontamente. Vale lembrar que as pessoas com sintomas respiratórios graves são internadas em setores reservados para Covid.
Na rede privada, a ocupação dos leitos clínicos para Covid está em 42,7%. Somando as duas, a taxa total de ocupação em enfermaria fica em 73,2% - indicador vermelho, que mostra situação crítica.
A ocupação de leitos de UTI Covid também teve uma alta considerável. Subiu de 51,7% (sexta-feira, dia 31) para 60,7% (segunda-feira). Somente na rede pública, 78,8% dos leitos reservados para doenças respiratórias estão ocupados.
A taxa de transmissão da Covid (Rt) também se elevou novamente, chegando a 1,18 (status de alerta). Acima de 1,20, esse indicador passa para a situação crítica.
O boletim epidemiológico indicou ainda que foram registrados 114 novos casos de Covid na cidade e três mortes. Em menos de duas semanas, a incidência cresceu cinco vezes, voltando a 49,6 casos a cada 100 mil habitantes.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que leitos podem ser reconvertidos para a Covid se forem necessários. Confira a nota, na íntegra, da pasta sobre a atual situação epidemiológica no município:
“A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que para fins de avaliação do cenário epidemiológico, a Prefeitura também leva em consideração a taxa de matriciamento de risco (MR), que atualmente está em 89%. Um dos fatores avaliados para cálculo do MR é o número de vacinados no município, que tem aumentado a cada dia.
Ao longo da pandemia, sempre de acordo com os indicadores epidemiológicos e assistenciais da doença no município, foram realizadas aberturas de leitos de Covid e remanejamento para leitos retaguarda. É importante esclarecer que pacientes com quadros gripais, ainda sem resultado para a Covid-19, também podem estar internados nas enfermarias, pois os sintomas são muito parecidos.
A Secretaria Municipal de Saúde monitora diariamente os números epidemiológicos e assistenciais da doença no município e qualquer agravamento que comprometa a capacidade de atendimento será tratado da forma devida, com o objetivo de preservar vidas. É importante ressaltar que, caso necessário, os leitos podem ser reconvertidos para atendimento Covid”.
Fonte: O Tempo
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